No campo do azul vem o verão
plantar as suas nuvens.
Na cidade imperfeita
vem o dia
plantar a sua luz:
No mármore morto
dos viadutos.
No verde novo
depois das chuvas.
Na cinza que ameaça os monumentos.
Num lance de dados se planta o destino.
O destino: a previsão da náusea dos espaços.
O destino
destruidor de nuvens.
O destino
levando vantagem.
.
.
.
(H. Dobal)
.
.
.
(H. Dobal)
Esta é minha homenagem modesta, porém sincera, ao poeta H. Dobal. Ele é pai da minha amiga Susana e há poucos dias empreendeu "a grande passagem" -- gosto de pensar assim. Infelizmente não o conheci, mas seus poemas me encantaram e me tocaram profundamente. Viva a poesia, sempre presente, para sempre.
...