Uma palavra é mais que uma palavra, além de uma cilada. Elas estão no mundo e portanto explodem, bombardeadas. Agora não se fala nada e tudo é transparente em cada forma; qualquer palavra é um gesto e em sua orla os pássaros de sempre cantam nos hospícios. No princípio era o verbo e o apocalipse; aqui, será apenas uma espécie de caos no interior tenebroso da semântica. Salve-se quem puder. (...) Informação? Cuidado, amigo. Cuidado contigo, comigo. Imprevisíveis significados.
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(Torquato Neto, 1971)
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