luiz amorim e seu projeto genial



Luiz Amorim, dono do Açougue Cultural T-Bone, em frente à sua loja, na 312 norte. Foi ele que colocou uma biblioteca em cada uma das paradas de ônibus da w3 norte. Os livros ficam lá, sem ninguém tomar conta, sem ninguém roubar, sem ninguém depredar. Idéia simples e genial (veja foto abaixo, na parada da 714/715 norte).

"O Brasil não é um país que não lê; é um país onde o livro é caro e que tem poucas bibliotecas", diz Luiz. Aos sete anos ele chegou de Salvador e começou a trabalhar como engraxate; aos treze se empregou no açougue, que quinze anos depois conseguiu comprar. Sua primeira providência foi levar para lá uma estante com dez livros. Poucos tempo depois, viraram dez mil.

Luiz aprendeu a ler aos 16 anos e não parou mais. Mas tem uma ressalva: "Não sou um homem que lê para elocubrar. Eu leio para aprender e para aplicar o que aprendo. A maior crítica que você pode oferecer ao Estado é fazer, não é falar." E ele faz. Lê, pensa e faz.